A pandemia do Covid-19 espantou a todos e mudou drasticamente nossas vidas em diferentes níveis. O trabalho presencial tornou-se home office. O cinema tornou-se assistir à Netflix no sofá de casa. E, a educação, tornou-se ensino remoto ou EAD, dependendo da modalidade adotada. O impossível tornou-se, então, possível. Tudo mudou e comprovou a imensa capacidade humana em se adaptar e superar novos desafios. Podemos dizer que, apesar dos pesares, muitas empresas comprovaram registraram verdadeiras situações de sucesso.
No entanto, cabe pensar até onde essas mudanças vão vigorar: quais delas foram boas? Quais delas foram ruins? Em um momento em que já se discute a reabertura das escolas, é necessário pensar as perspectivas para o futuro da educação no mundo pós-pandemia – e o que a crise sanitária pôde nos ensinar.
Confira abaixo alguns ensinamentos da pandemia para o futuro da educação.
A viabilidade do e-learning
A pandemia colocou em voga uma questão há muito debatida: o ensino online. Ela comprovou, de maneira praticamente unânime, a viabilidade desta modalidade de ensino, a qual foi adotada do ensino básico ao superior.
Com a urgência para manter a educação funcionando, foi necessário transformar a educação presencial em remota. Somente isso já demonstrou alguns benefícios: a continuidade do ensino mantendo o isolamento social e, assim, garantindo a saúde de todos e todas; e, para além da pandemia, a capacidade de aprender sem ter que sair de casa – o que, para os que já trabalham ou moram em cidades grandes, representa uma grande economia de tempo e, até mesmo, financeira.
A partir desse cenário, muitos defendem a reinvenção educacional a potencialidade do ensino a distância para uma maior inclusão e acessibilidade, acreditando no EAD como o futuro da educação.
A pandemia nos mostrou que a educação não precisa ser tradicional para ser eficaz, e as inovações podem transformá-la em até mais eficiente do que antes.
O Ifesp, grupo de escolas EAD, acredita fortemente na potencialidade do ensino a distância na democratização da educação e na inovação do aprendizado, realçando a potencialidade dos alunos.
Tendências para o futuro
Em entrevista para o Estadão, Alessandra Montini, coordenadora do LabData da Fundação Instituto de Administração, afirma que “a tecnologia é uma aliada no sucesso educacional e minimiza os efeitos negativos impostos pelo isolamento social. Por isso, o retrocesso no pós-pandemia não pode ser uma alternativa. A integração entre o mundo presencial e o ambiente digital vai fazer parte da educação do futuro.”
De fato, atualmente aposta-se muito em experiências figitais, em que o ensino a distância é combinado a encontros presenciais. Com isso, a frequência e finalidade de encontros presenciais são repensadas.
Essa experiência permite combinar as vantagens do ensino a distância com os benefícios do ensino presencial. Para Márcio Rosales, coordenador do Master in Business Innovation da Universidade de São Carlos, o ensino a distância combina o tempo flexível à qualidade rígida – enquanto o ensino presencial traz o tempo rígido e a qualidade flexível. Com base nisso, o professor defende que o modelo de ensino remoto irá potencializar a Educação 4.0, e não acabar com os encontros presenciais, mas torná-los mais ricos.
No entanto, se por um lado a pandemia demonstrou a potencialidade da educação remota, por outro mostrou também que a educação ainda precisa avançar nesse quesito. A educação remota pode – e deve – ser mais do que a mera transformação do ensino presencial em ensino remoto. Ela surge não apenas para transformar a nossa vida em mais prática, mas para revolucionar nossa forma de aprender, fornecendo-nos novas ferramentas que podem garantir um aprendizado mais eficaz, produtivo e divertido.
Esta é, justamente, a diferença entre ensino remoto e ensino a distância: enquanto o ensino remoto é o ensino meramente não-presencial, muito utilizado na pandemia por ser uma solução rápida e acessível; o EAD é um modelo de educação, com metodologias e estruturas definidas e pensadas para garantir o aprendizado a distância. As escolas EAD frequentemente contam com plataformas completamente online e interativas, fundando uma nova forma de aprender.
De acordo com Luciano Sathler, membro do Comitê de Qualidade da Associação Brasileira de Educação a distância, transformar as atividades presenciais em digitais garante uma educação frágil e ineficaz. Ferramentas distintas de educação exigem modelos educacionais distintos.
Portanto, se é verdade que a pandemia nos ensinou a respeito da eficácia do ensino remoto, cabe a nós ir além: o ensino remoto funciona. Como torná-lo ainda mais eficaz para o futuro da educação?
Construindo um futuro eficaz para a educação
A resposta começa de uma forma simples: planejamento e desenvolvimento.
Primeiramente, é necessário capacitar os professores e adotar estratégias que sejam efetivas do ponto de vista pedagógico.
Em segundo lugar, para fornecer aos estudantes a melhor versão da educação que eles podem ter¸ pode-se articular ensino remoto com o digital learning, fazendo o melhor uso possível das ferramentas digitais à nossa disposição.
Tais possibilitaram uma série de revoluções no meio educacional:
- A personalização do aprendizado, com foco no aluno;
- A maior motivação dos alunos através do edutainment e da gamificação;
- Uma educação mais abrangente, tratando dos diferentes tipos de aprendizagem;
- A imersão educativa, promovendo contato constante e de forma divertida com o conhecimento.
Essas mudanças, que parecem triviais, apresentam resultados significativos: estudos indicam que o uso de ferramentas tecnológicas educativas aumenta em até 32% o rendimento dos alunos comparado ao conteúdo expositivo da maneira tradicional em aula.
A personalização do conteúdo, por exemplo, é impossível em aulas em grupo no modelo tradicional – e, assim, o aluno não consegue sanar sua defasagem diretamente.
Nesta mesma linha, atualmente é sabido que cada um aprende de acordo com um estilo de aprendizagem, os quais nem sempre são praticados em sala de aula.
Ademais, diferentemente do ensino presencial, o aluno tem contato 24 horas por dia, 7 dias por semana, com o conteúdo o qual precisa aprender, tendo um contato constante com a educação – e, de fato, não é isso que é a educação? O aprendizado em qualquer dia, e em qualquer lugar.
Tudo isso só é possível com o digital learning, associado diretamente à educação a distância. E, para tal, é necessário mais do que transformar o curso presencial em curso remoto.
A importância da autonomia
A crise sanitária também colocou em questão um outro aspecto: a autonomia dos alunos, mostrando como, mais do que nunca, precisamos formar estudantes abertos para o mundo e autônomos. Somado a isso, em um mundo de constantes mudanças, precisamos ter a capacidade de nos adaptar e resistir para termos sucesso.
O ensino remoto promove, por si só, a autonomia e a responsabilidade pelo seu conhecimento. No entanto, muitos alunos relatam dificuldade em ministrar seu próprio tempo, conviver com as distrações do ambiente e se manterem disciplinados.
Uma metodologia que vise a autonomia do aluno é essencial em um mundo em constante mudança. Experienciamos isso com uma intensidade nunca antes vista.
A autonomia não significa, entretanto, deixa-lo aprender por conta própria – pelo contrário, significa ensiná-lo as ferramentas necessárias para desenvolver essa autonomia.
O ensino remoto eficiente precisa fornecer ao aluno ferramentas para que ele seja autônomo e responsável pelo seu conhecimento – sem que, no entanto, fique desprovido de apoio.
Com sua perspectiva visionária, o Ifesp incorpora em seus cursos a metodologia exclusiva PREPA®, baseada nos cursos preparatórios para ingresso nas grandes écoles francesas – instituições conceituadas mundialmente. A metodologia busca ensinar o aluno a tornar-se autônomo e responsável pelo seu aprendizado e conhecimento, com base no desenvolvimento cognitivo e na capacidade de aprender a aprender.
Portanto, a pandemia abriu portas para o desenvolvimento e expansão da educação, através do esforço em adotar o ensino remoto e o ensino a distância. Por outro lado, se a pandemia nos ensinou que o ensino remoto funciona, também nos ensinou que não é o mero fato de ser à distância que o torna eficaz.
O que garante o ensino a distância como o futuro da educação são as amplas possibilidades que ele traz de inovação, diversidade e eficácia – mas, para tal, cabe a nós adotar as potencialidades do ensino a distância. Neste sentido, o Ifesp lidera como EdTech capaz de fornecer ensinamentos para uma educação a distância eficaz.
Para conhecer mais sobre as potencialidades das ferramentas digitais na educação, acesse: O poder das ferramentas digitais no aprendizado de idiomas.